domingo, 19 de agosto de 2012

A DIFERENÇA ENTRE MIMAR E AMAR !


Quem ama coloca os limites necessários para o desenvolvimento emocional da criança e do adolescente...quem mima permite o impermissível, o absurdo e o desnecessário !

Quem ama tem a certeza de que o limite é importante e que não traumatizará a criança, pois se for baseado no bom senso e na medida certa, a protegerá de si mesma, pois ela não tem a noção de perigo e nem a capacidade de lidar com as frustrações naturais da vida. Quem tem essa noção é o adulto e ele tem o dever de propiciar esse amadurecimento à ela.

Quem mima, tenta compensar a falta de disponibilidade emocional e o tempo que dedica à criança, permitindo que ela se "distraia" com atitudes e atividades nocivas à sua formação.  Instalando, assim a sementinha da baixa auto-estima e da falta de noção da sua capacidade em lidar com as dificuldades e com os obstáculos.

A criança e o adolescente que é mimado, não se sente amado. Sabe que aquilo que lhe foi permitido não era para ser e se foi, deve ter sido porque o adulto se sente em débito .

As consequências disso são desastrosas, pois passam a transferir esse sentimento às demais relações afetivas e sociais, "exigindo" que todos lhe permitam tudo!!  E quando isso não acontece se sentem injustiçados e se revoltam, emitindo comportamentos inadequados de birra e de contestação sem fundamento na realidade.

As chances de se tornarem adultos bem sucedidos, em todos os aspectos, diminuem muito e podem desencadear diversos tipos de problemas psicológicos, dentre eles a dependência de álcool e drogas, pois como não sabem lidar com a dor da frustração, buscam alívio imediato para a angústia e para a ansiedade.

Amar exige tempo, disciplina e autoconfiança por parte do adulto. Mimar é fácil e rápido! Porém, as consequências do amor são saudáveis e duradouras, enquanto que as do mimo, são doentias e efêmeras.

Ame o seu filho, desperte suas potencialidades, desfrute das coisas boas de cada fase do seu desenvolvimento, sinta prazer na companhia dele, coloque limites que o protejam e o preparem para a vida adulta!!

Amar vale a pena !!!!

domingo, 12 de agosto de 2012

TRAUMAS PSICOLÓGICOS

Traumas são feridas psíquicas que se instalam no inconsciente e que influenciam as reações emocionais diante de situações que lembrem o fato que originou a dor.

A infância é o período onde a maior parte dos traumas ocorrem, devido à fragilidade das ferramentas que possuímos para lidar com as situações.  Quando passamos por algo doloroso demais para a nossa maturidade emocional conseguir elaborar, instala-se uma "ferida emocional", que sangra e dói dentro de nós, sem que consigamos entender o porque.  O fato doloroso é enviado ao inconsciente, na tentativa de ser esquecido e só permanece consciente a dor, o medo, a angústia que surge sempre que algo que se assemelhe a ele acontece.

Devemos ter em mente que, a percepção da criança é diferente da do adulto e, portanto, algo que para o adulto é sem importância, para a criança pode ser extremamente significativo e gerar o trauma.

Algumas situações são facilmente identificáveis como geradoras de traumas, tais como abuso sexual, violência doméstica, doenças graves e de tramamento doloroso, perda dos pais. Outras passam desapercebidas, se não houver um interesse verdadeiro e constante pelos sentimentos da criança, como por exemplo, a ausência afetiva dos pais, durante períodos de conflitos conjugais, problemas profissionais ou qualquer outro motivo que os torne distantes emocionalmente.

Por vezes, os traumas se instalam devido à convivência com outras pessoas da família, que possuem personalidade manipuladora ou sádica e os pais, nem sempre se dão conta do que está ocorrendo e a criança se sente sozinha, desprotegida e 
 vitimizada por essas pessoas.

A melhor maneira de se prevenir traumas é ter respeito pelos sentimentos da criança, explicando o que lhe acontece de maneira clara e afetiva. ´É preciso estar realmente presente ao lado dela, quando sofre perdas, frustrações e conflitos. 

Estar ao lado da criança e respeitar seus sentimentos, não significa mimá-la ou deixá-la sem limites. Significa ampará-la e fortalecê-la no aprendizado de que não podemos ter tudo que queremos, no momento que queremos e que deve respeitar as pessoas como estamos respeitando-a .

A cura de um trauma se dá pelo retorno à consciência da lembrança emocional do fato que o desencadeou. Para isso, é necessário a psicoterapia, onde a viagem ao inconsciente acontece de forma segura,  e os sentimentos do paciente são acolhidos e vivenciados em sua plenitude, não deixando resquícios de energia psíquica vinculados ao fato traumático.

Quando a energia psíquica está presa a fatos traumáticos no inconsciente, falta energia para conduzir a vida atual de forma assertiva e saudável.

Resolver um trauma psicológico, traz a sensação de libertação e de renascimento. Vale a pena a coragem para enfrentar essa questão!